domingo, 29 de junho de 2008

Mein Herr

You have to understand the way I am,
Mein Herr.
A tiger is a tiger, not a lamb.
Mein Herr.
You'll never turn the vinegar to jam,
Mein Herr.
So I do...
What I do...
When I'm through...
Then I'm through...
And I'm through...
Toodle-oo!
Bye-Bye, Mein Lieber Herr.
Farewell, Mein Lieber Herr.
It was a fine affair,
But now it's over.
And though I used to care,
I need the open air.
You're better off without me,
Mein Herr.

Don't dab your eye, Mein Herr,
Or wonder why, Mein Herr.
I've always told you I was a rover.
You mustn't knit your brow,
You should have known by now
You'd every cause to doubt me,
Mein, Herr.

The continent of Europe is so wide,.
Mein Herr.
Not only up and down, but side to side,
Mein Herr.
I couldn't ever cross it if I tried,
Mein Herr.
So I do...
What I can...
Inch by inch...
Step by step...
Mile by mile...
Man by man.

Bye-Bye, Mein Lieber Herr.
Farewell, Mein Lieber Herr.
It was a fine affair,
But now it's over.
And though I used to care,
I need the open air.
Ypu're better off without me,
Mein Herr.

Don't dab your eye, Mein Herr,.
Or wonder why, Mein Herr.
I've always told you I was a rover.
You mustn't knit your brow,
You should have known by now
You'd every cause to doubt me,
Mein, Herr.

Bye-Bye, MEin Lieber Herr,
Auf wiedersehen, Mein Herr.
Es war sehr gut, Mein Herr
Und vorbei.
Du kennst mich wohl, Mein Herr,
Ach, lebe wohl, Mein Herr.
Du sollst mich nicht mehr sehen,
Mein Herr.

.
Cabaret

Canção de Engate


Tu estás livre e eu estou livre
E há uma noite para passar
Porque não vamos unidos
Porque não vamos ficar
Na aventura dos sentidos

Tu estás só e eu mais só estou
E tu que tens o meu olhar
Tens a minha mão aberta
À espera de se fechar
Nessa tua mão deserta

Vem que o amor
Não é o tempo
Nem é o tempo
Que o faz
Vem que o amor
É o momento
Em que eu me dou
Em que te dás

Tu que buscas companhia
E eu que busco quem quiser
Ser o fim desta energia
Ser um corpo de prazer
Ser o fim de mais um dia

Tu continuas à espera
Do melhor que já não vem
E a esperança foi encontrada
Antes de ti por alguém
E eu sou melhor que nada

António Variações

Poor Jack

What have I done?
What have I done?
How could I be so blind?
All is lost, where was I?
Spoiled all, spoiled all
Everything's gone all wrong

What have I done?
What have I done?
Find a deep cave to hide in
In a million years they'll find me
Only dust and a plaque
That reads, "Here Lies Poor Old Jack"

But I never intended all this madness, never
And nobody really understood, how could they?
That all I ever wanted was to bring them something great
Why does nothing ever turn out like it should?

Well, what the heck, I went and did my best
And, by God, I really tasted something swell
And for a moment, why, I even touched the sky
And at least I left some stories they can tell, I did

And for the first time since I can't remember when
I felt just like my old bony self again
(...)

.
Danny Elfman

sábado, 28 de junho de 2008

D. Sebastião, Rei de Portugal


Louco, sim louco, porque quis grandeza
Qual a sorte a não dá.
Não coube em minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.

Minha Loucura, outros que a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que besta sadia,
Cadáver adiado procria?

Fernando Pessoa - A Mensagem

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Todo carnaval tem seu fim


Todo dia um ninguém josé acorda já deitado
Todo dia ainda de pé o zé dorme acordado
Todo dia o dia não quer raiar o sol do dia
Toda trilha é andada com a fé de quem crê no ditado
De que o dia insiste em nascer
Mas
o dia insiste em nascer
Pra
ver deitar o novo

Toda rosa é rosa porque assim ela é chamada
Toda Bossa é nova e você não liga se é usada
Todo o carnaval tem seu fim
Todo o carnaval tem seu fim
E é o fim, e é o fim

Deixa eu brincar de ser feliz,
Deixa eu pintar o meu nariz

Toda banda tem um tarol, quem sabe eu não toco
Todo samba tem um refrão pra levantar o bloco
Toda escolha é feita por quem acorda já deitado
Toda folha elege um alguém que mora logo ao lado
E pinta o estandarte de azul
E põe suas estrelas no azul
Pra que mudar?

Deixa eu brincar de ser feliz,
Deixa eu pintar o meu nariz

Los Hermanos

Canção Simples

Há qualquer coisa de leve na tua mão,
Qualquer coisa que aquece o coração
Há qualquer coisa quente quando estás,
Qualquer coisa que prende e nos desfaz

Fazes muito mais que o sol
(...)

A forma dos teus braços sobre os meus,
O tempo dos meus olhos sobre os teus
Desço nos teus ombros para provar
Tudo o que pediste para levar

Fazes muito mais que o sol
(...)

Tens os raios fortes a queimar
Todo o gelo frio que construí
Entras no meu sangue devagar
E eu a transbordar dentro de ti

Tens os raios brancos como um rio,
Sou quem sai do escuro para te ver,
Tens os raios puros no luar,
Sou quem grita fundo para te ter

Fazes muito mais que o sol
(...)

Quero ver as cores que tu vês
Para saber a dança que tu és
Quero ser do vento que te faz
Quero ser do espaço onde estás

Deixa ser tão leve a tua mão,
Para ser tão simples a canção
Deixa ser das flores o respirar
Para ser mais fácil te encontrar

Fazes muito mais que o sol
(...)

Vem quebrar o medo, vem
Saber se há depois
E sentir que somos dois,
Mas que juntos somos mais

Quero ser razão para seres maior
Quero te oferecer o meu melhor
Quero ser razão para seres maior
Quero te oferecer o meu melhor


Tiago Bettencourt


terça-feira, 24 de junho de 2008

Take This Waltz


Now in Vienna there's ten pretty women
There's a shoulder where Death comes to cry
There's a lobby with nine hundred windows
There's a tree where the doves go to die
There's a piece that was torn from the morning
And it hangs in the Gallery of Frost
.
Ay, Ay, Ay, Ay
Take this waltz, take this waltz
Take this waltz with the clamp on its jaws
.
Oh I want you, I want you, I want you
On a chair with a dead magazine
In the cave at the tip of the lily
In some hallways where love's never been
On a bed where the moon has been sweating
In a cry filled with footsteps and sand
.
Ay, Ay, Ay, Ay
Take this waltz, take this waltz
Take its broken waist in your hand

.
This waltz, this waltz, this waltz, this waltz

With its very own breath of brandy and Death

Dragging its tail in the sea

.
There's a concert hall in Vienna

Where your mouth had a thousand reviews
There's a bar where the boys have stopped talking
They've been sentenced to death by the blues

Ah, but who is it climbs to your picture
With a garland of freshly cut tears?
.
Ay, Ay, Ay, Ay

Take this waltz, take this waltz
Take this waltz it's been dying for years
.
There's an attic where children are playing
Where I've got to lie down with you soon

In a dream of Hungarian lanterns

In the mist of some sweet afternoon

And I'll see what you've chained to your sorrow

All your sheep and your lilies of snow

.
Ay, Ay, Ay, Ay

Take this waltz, take this waltz
With its "I'll never forget you, you know!"
.
And I'll dance with you in Vienna
I'll be wearing a river's disguise

The hyacinth wild on my shoulder,
My mouth on the dew of your thighs
And I'll bury my soul in a scrapbook,

With the photographs there, and the moss

And I'll yield to the flood of your beauty
My cheap violin and my cross
And you'll carry me down on your dancing

To the pools that you lift on your wrist

.
Oh my love,
Oh my love

Take this waltz, take this waltz
It's yours now. It's all that there is.
.
Leonard Cohen

segunda-feira, 23 de junho de 2008

My dearest friend, if you don't mind
I'd like to join you by your side
Where we can gaze into the stars

And sit together, now and forever

For it is plain as anyone can see
We're simply meant to be

Danny Elfman - The Nightmare Before Christmas

Capitão Romance

Não vou procurar quem espero
Se o que eu quero é navegar
Pelo tamanho das ondas
Conto não voltar
Parto rumo à primavera
Que em meu fundo se escondeu
Esqueço tudo do que eu sou capaz
Hoje o mar sou eu
Esperam-me ondas que persistem
Nunca param de bater
Esperam-me homens que desistem
Antes de morrer
Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim não toquei em nada
Do
que em mim tocou
.
Eu vi
Mas não agarrei
.
Parto rumo à maravilha
Rumo à dor que houver pra vir
Se eu encontrar uma ilha
Paro pra sentir
E dar sentido à viagem
Pra sentir que eu sou capaz
Se o meu peito diz coragem
Volto a partir em paz
.
Eu
vi
Mas não agarrei

.
Ornatos Violeta

II



Na sombra Cleópatra jaz morta.
Chove.

Embandeiraram o barco de maneira errada.
Chove sempre.

Para que olhas tu a cidade longínqua?
Tua alma é a cidade longínqua.
Chove friamente.

E quanto à mãe que embala ao colo um filho morto –
Todos nós embalamos ao colo um filho morto.
Chove, Chove.

O sorriso triste que sobra a teus lábios cansados,
Vejo-o no gesto com que os teus dedos não deixam os teus anéis.
Porque é que chove?

Fernando Pessoa

Marta

Marta não quer chorar
Guarda nela sem ter razão

As negras ondas do mar

Tentem ver no cordão

Que vos une à razão

Quão pior é morrer devagar
..

Marta não quer chorar
Mas seus olhos vertem a dor

De morrer para não matar
É que a vida são
Canções de épicos refrões
Que farão o mar fluir
Só que um dia vão ter de acabar
.
Esta é só mais uma canção

Não lhe fiz um refrão
Porque Marta já está a chorar
.
Ornatos Violeta

domingo, 22 de junho de 2008

Como vai você

Como vai você?
Eu preciso saber da sua vida
Peça a alguém pra me contar sobre o seu dia
Anoiteceu e eu preciso só saber

Como vai você?
Que já modificou a minha vida
Razão de minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você

Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz

Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu preciso
saber
Como vai você

Roberto Carlos

Suor e Fantasia


Seis da tarde
E já está sol lá fora
Fico só mais meia hora
Numa pétala de sono insolente
Os teus pés ainda dançam
Vão andando assim tão delicados
Pelo dia adolescente
Dedo a dedo doces

Ai, a graça do amor!
Já não vou trabalhar...

As tuas olheiras de cansaço
Dão um traço bem preciso
Ao sorriso que preenche
Todo o vasto espaço

Ai, a graça do amor!
Já não vou trabalhar...

Todo o dia e toda a noite
Só suor e fantasia
Quem julga que é fácil
Que experimente levitar sobre o Tejo

A vida é difícil
Sempre foi

Meia-noite e café da manhã
Esse teu rosto é o meu dilema
E vestimo-nos à pressa
Para ir ao cinema

Ai a graça do amor!
Já não vou trabalhar...

Todo o dia e toda a noite
Só suor e fantasia
Quem julga que é fácil
Que experimente levitar sobre o Tejo

A vida é difícil
Sempre foi.

Quinteto Tati

Devias estar aqui rente aos meus lábios
para dividir contigo esta amargura
dos meus dias partidos um a um

- Eu vi a terra limpa no teu rosto,
Só no teu rosto e nunca em mais nenhum

Eugénio de Andrade

sábado, 21 de junho de 2008

Chega De Saudade


Vai minha tristeza
E diz a ela que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer
.
Chega de saudade
A realidade é que sem ela
Não há paz não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim
Não sai de mim
Não sai
.
Mas, se ela voltar
Se ela voltar que coisa linda!
Que coisa louca!
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos
Que eu darei na sua boca
.
Dentro dos meus braços, os abraços
Hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim,
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
.
Que é pra acabar com esse negócio
De você viver sem mim
Não quero mais esse negócio
De você longe de mim
Vamos deixar esse negócio
De você viver sem mim
.

Toquinho/Vinicius de Moraes

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Cada Vez Mais Aqui


Queres lutar com quem?
Para doer aonde?
Para ser o quê?
Achas que ninguém vê?...

E para quê fingir?
Porquê mentir?
E remar na dor?
Achas que ninguém vê?...

Também eu queria parar...
chorar...cair...
para me levantar, para te puxar!
Te fazer sorrir, não voltar a cair!...

Não me olhes assim,
continuo a ser quem fui!
Cada vez mais aqui...
Não dances tão longe,
que eu já te vi...

Também eu queria parar...
chorar....cair....
para me levantar, para te puxar!
Te fazer sorrir, não voltar a cair!...

Toranja

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Losing A Battle, Winning A War


Even though I'll never need her
Even though she's only giving me pain
I'll be on my knees to feed her
Spend a day to make her smile again
.
Even though I'll never need her
Even though she's only giving me pain
As the world is soft around her
Leaving me with nothing to disdain
.
Even though I'm not her minder
Even though she doesn't want me around
I am on my feet to find her
To make sure that she is safe and sound
.
Even though I'm not her minder
Even though she doesn't want me around
I am on my feet to find her
To make sure that she is safe from harm
.
The sun sets on the war
The day breaks and everything is new
.
Kings of Convenience

Além do Olhar

Preciso que me olhes nos olhos
Que me decifres em ti
E me sintas, além do toque
.
Preciso que me olhes nos olhos
Que te deites desperto em mim
E me proves, além dos beijos
.
Preciso que me olhes nos olhos
Que te atires em meus braços
E me bebas, além dos meus cheiros
.
Preciso que me olhes nos olhos
Que me dedilhes com os dedos do coração
E me encantes, além dos desejos
.
Preciso que me olhes nos olhos
Que me dispas em teus lábios
E me conheças, além das palavras
.
Preciso que me olhes nos olhos
Que me arranques suspiros e tremores
E teu gosto fique em mim, depois do amor...
.
Fernanda Guimarães

sábado, 7 de junho de 2008

O Menino De Sua Mãe

No plaino abandonado
Que a morna brisa aquece,
De balas traspassado
- Duas de lado a lado -,
Jaz morto, e arrefece.

Raia-lhe a farda o sangue.
De braços estendidos,
Alvo, louro, exangue,
E cego os céus perdidos.

Tão jovem! Que jovem era!
(Agora que idade tem?)
Filho único, a mãe lhe dera
Um nome e o mantivera:
«O menino de sua mãe».

Caiu-lhe da algibeira
A cigarreira breve.
Dera-lhe a mãe. Está inteira
E boa a cigarreira.
Ele é que já não serve.

De outra algibeira, alada
Ponta a roçar o solo,
A brancura embainhada
De um lenço… Deu-lho a criada
Velha que o trouxe ao colo.

Lá longe, am casa, há a prece:
«Que volte cedo, e bem!»
(Malhas que o Império tece!)
Jaz morto, e apodrece,
O menino da sua mãe.

Fernando Pessoa