Quando fechei os olhos, senti o cheiro do vento. Uma aragem de Maio, inchada como uma peça de fruta, com a parte de fora áspera e o interior doce e carnudo, a rebentar de sementes. A polpa aberta e escancarada aos elementos da natureza, libertando as suas sementes de encontro à pele nua dos meus braços e deixando ficar no ar um ténue rasto de dor.
Haruki Murakami
2 comentários:
Do rio que tudo arrasta se
diz que é violento
Mas ninguém diz violentas as
margens que o comprimem.
Bertold Brecht
Bertolt* naturalmente. Sry :o
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